Parva Que Eu Sou
Deolinda
Música e Letra de Pedro da Silva Martins
E não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!
Porque isto está mal e vai continuar,
Já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração ‘casinha dos pais’,
Se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou!
Filhos, marido, estou sempre a adiar
E ainda me falta o carro pagar,
Que parva que eu sou!
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração ‘vou queixar-me pra quê?’
Há alguém bem pior do que eu na tv.
Que parva que eu sou!
Sou da geração ‘eu já não posso mais!’
Que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar.
Que parva que eu sou!
Porque isto está mal e vai continuar,
Já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração ‘casinha dos pais’,
Se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou!
Filhos, marido, estou sempre a adiar
E ainda me falta o carro pagar,
Que parva que eu sou!
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração ‘vou queixar-me pra quê?’
Há alguém bem pior do que eu na tv.
Que parva que eu sou!
Sou da geração ‘eu já não posso mais!’
Que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar.
Não consigo deixar de ouvir esta música, ler esta letra e pensar que “Parva eu não sou!”.
Relembre-se Abril de 74, Maio de 68...
Estas pessoas não só se queixavam como faziam valer a sua opinião e defendiam as suas ideias gerando mudanças e marcando a história para sempre.
Que geração é esta que se acomoda? Que geração é esta que sobrevive no meio do que não concorda? Que geração é esta que não se valoriza e que não faz valer o que aprendeu seja a nível académico ou pessoal?
Será que aprendeu?
Será que retirou alguma coisa até chegar ao momento académico da vida?
Porque será que já não se vê quem faça por si e pelos seus como há 20 anos atrás?
As pessoas acomodam-se, tornam-se fantasmas a cirandar pelas ruas.
A minha geração era esta. Sim, era! Eu não me acomodei e continuo a não o fazer! Se quero algo procuro, luto e vou até ao fim até encontrar algo que me satisfaça minimamente e penso que todos deveriam lutar pelo que querem, no fundo lutar por si e pela sua vida.
Abrir as mentes, abrir horizontes, acreditar nos sonhos e que é possível atingir objectivos, desde que se definam e que não se percam ,“Porque isto está mal e vai continuar”.
Sara Lajas
Assessora de Comunicação
Gostei!
ResponderEliminar